A combinação entre pensamento difuso e focado pode ser um elemento transformador na sua rotina de estudos.
Afinal, para além de saber selecionar os conteúdos certos para o seu cronograma e ter bons materiais à sua disposição, também é preciso conhecer técnicas de estudo que ajudem a otimizar o seu aprendizado.
Isso envolve métodos de organização da sua rotina e dos materiais, mas também uma série de conhecimentos sobre como o cérebro humano funciona e, portanto, como a sua mente pode reter informações com mais eficácia.
Por isso, neste post, explicamos os conceitos de pensamento difuso e focado, além de mostrar como eles podem ajudar nos seus estudos. Confira!
O que é pensamento difuso e focado?
Durante o processo de aprendizagem, o cérebro humano realiza várias operações que nos permitem compreender novos conceitos e conhecimentos, além de aplicá-los a diferentes situações.
Nesse processo, estão presentes dois tipos de pensamento: o difuso e o focado.
O primeiro deles corresponde a um estado mental de relaxamento, também chamado de repouso neural.
No entanto, isso não significa que ele só ocorra nos momentos de descanso e lazer. É nesse estado mental que o cérebro realiza as operações necessárias para adquirir novos conhecimentos e capacidades cognitivas.
Também é a partir dele que a mente se torna capaz de ligar conceitos diferentes, relacionar um conteúdo a outro e fazer novas ligações entre as informações já adquiridas.
Já o pensamento focado é aquele em que a concentração atinge seu nível máximo, como nos casos em que aplicamos uma fórmula já aprendida para resolver um problema matemático.
Uma característica importante desse estado mental é que ele se dá nos momentos em que realizamos operações cognitivas já conhecidas.
Ou seja, ao ler uma questão de um exercício, por exemplo, você precisa se concentrar na leitura do enunciado, identificar o que está sendo pedido e analisar cada uma das alternativas apresentadas. Isso significa que você está usando o pensamento focado.
Por outro lado, para chegar à resposta, você pode precisar buscar na sua mente os conhecimentos já aprendidos e relacioná-los à situação exposta, buscando identificar o conteúdo mais útil para esse contexto. Nesse caso, você está recorrendo ao pensamento difuso.
Assim, esses dois estados mentais desempenham papéis muito importantes no processo de aprendizagem.
A importância de equilibrar os dois modos de pensamento
Como explicamos acima, ambos os modos de pensar são fundamentais para um aprendizado efetivo.
É claro que o foco e a concentração são cruciais para se dar bem nos estudos, aprender novos conceitos e entender como aplicá-los corretamente.
No entanto, o estado de repouso neural também é fundamental para fazer novas ligações, obtendo uma visão panorâmica e mais abrangente dos seus conhecimentos.
Outro exemplo em que isso fica evidente é a escrita de uma redação, em que o pensamento difuso é crucial para encontrar bons argumentos, ligações e proposições, mas o pensamento focado é indispensável no momento da escrita.
Por isso, alternar entre os dois é a melhor maneira de maximizar o seu aprendizado e a sua capacidade de resolver problemas.
Como aplicar o pensamento difuso e focado nos estudos
Agora que você já conhece esses conceitos e a importância de cada um deles para um bom cronograma de estudos, só falta entender como colocá-los em prática.
Por isso, aqui vão algumas dicas de como usar esses estados mentais a seu favor:
Crie um cronograma de estudo equilibrado
Nos seus cronogramas de estudo, procure incluir tanto os momentos de concentração quanto as pausas necessárias para que o cérebro volte ao estado de repouso neural, permitindo a difusão de ideias.
Para isso, uma possibilidade é o uso de técnicas como o pomodoro, que ajudam a controlar esses períodos alternados, evitando que o momento de descanso acabe se tornando uma possível procrastinação.
Alternar entre esses dois tipos de pensamento é especialmente importante para a resolução de problemas e a realização de exercícios.
Utilize técnicas de relaxamento para promover o pensamento difuso
A preparação para o vestibular é um período de muita tensão e foco, o que significa que nem sempre é fácil tirar a cabeça dos conteúdos e deixar que ela relaxe um pouco.
Por isso, pode ser interessante usar algumas técnicas para ajudar o cérebro a se acalmar e diminuir o ritmo, saindo de um estado de concentração muito intenso.
Algumas ideias que podem funcionar são fazer caminhadas, tirar um tempo para meditar ou até mesmo investir na prática de algum hobby.
O ponto central é liberar a mente de forma regular, para que o pensamento focado não tome conta de todos os momentos do seu dia.
Identifique o momento certo para aplicar cada modo de pensamento
Ao longo desse post, demos alguns exemplos de quando o pensamento difuso ou o focado podem ser mais úteis para os seus estudos.
A partir disso, é importante que você comece a refletir sobre suas atividades diárias, buscando identificar qual desses estados mentais será o mais produtivo para a sua realização.
Dessa maneira, você poderá alternar entre eles com mais autonomia, potencializando os diferentes momentos da sua rotina de estudos, seja para assistir uma aula, realizar um exercício ou ler um texto em casa.
Gostou de saber mais sobre esse assunto? Para continuar com a sua preparação, fique por aqui e confira também o nosso post sobre como a síndrome do impostor afeta os seus estudos!