Estudar para o vestibular não é uma tarefa fácil, mas a técnica Feynman pode ajudar a tornar esse processo mais leve e eficiente.
Com tantas matérias, exercícios e textos, é normal sentir que o tempo não será suficiente para entender tudo o que precisa ser aprendido, especialmente quando o conteúdo parece um verdadeiro “bicho de sete cabeças”, seja matemática, química, história ou até redação.
O maior erro de muitos estudantes é tentar decorar tudo, mas essa abordagem nem sempre resulta em um bom desempenho. Para alcançar uma ótima nota, é fundamental compreender profundamente cada conceito.
E é exatamente nesse ponto que a técnica Feynman pode fazer toda a diferença.
Continue lendo para descobrir como essa metodologia funciona e aprender a aplicá-la nos seus estudos de forma prática e eficaz.
O que é a técnica Feynman?
A técnica Feynman recebeu esse nome em homenagem ao seu criador, o renomado físico Richard Feynman, vencedor do Prêmio Nobel de Física em 1965 por suas contribuições à eletrodinâmica quântica.
Ao longo de sua carreira, Feynman ficou conhecido por sua incrível habilidade de explicar temas complexos de forma clara e acessível, até mesmo para quem não possuía formação técnica.
Uma de suas frases mais famosas resume bem essa abordagem: “Se você não consegue explicar algo de forma simples, é porque ainda não entendeu direito.”
Essa ideia é o fundamento da técnica que leva seu nome. O objetivo é estudar e compreender um conceito a ponto de simplificá-lo e ser capaz de explicá-lo para qualquer pessoa, de forma clara e objetiva.
Como aplicar a técnica Feynman?
Veja como aplicar a técnica Feynman para estudar para o vestibular.
Escolha um conceito
O primeiro passo é escolher o tema que você quer ou precisa aprender.
Pode ser um assunto de física, química, matemática, história, filosofia, geografia ou o que for. A ideia aqui é escolher um tópico específico, algo que você não entende ou ainda tem muitas dúvidas.
Nessa hora, lembre-se de escolher um tema bem específico e focado. Em vez de “história do Brasil”, por exemplo, escolha algo pontual, como a Revolução de 1930 ou o processo de independência do nosso país.
Se você já tem conhecimento prévio sobre o tema, pule para o próximo passo. Mas, se não consegue lembrar de nada, leia, veja vídeos, escute podcasts ou converse com seu professor sobre o assunto até sentir que consegue explicá-lo para outra pessoa.
Ensine para uma criança imaginária
Esta etapa da técnica Feynman exige um pouco de criatividade. Agora você precisa usar sua imaginação e explicar o tema para alguém que não sabe absolutamente nada sobre ele, como uma criança imaginária.
Use palavras simples e explique tudo o que aprendeu, sem termos técnicos ou “decorebas”. Durante esse processo, pense em possíveis perguntas que a criança poderia fazer e veja se você consegue respondê-las, sempre com uma linguagem acessível e descomplicada.
Essa explicação pode ser feita verbalmente mesmo ou, se preferir, escreva em um papel. Para aumentar a fixação, fale em voz alta para um gravador. Depois, escute novamente e veja se faz sentido e quais pontos ainda precisam ser melhorados.
Identifique lacunas
Enquanto explica o conteúdo para a criança imaginária (ou qualquer pessoa que teoricamente não sabe nada sobre o assunto), você perceberá que há algumas partes que ainda não foram aprendidas.
Pode ser que você gagueje, sinta a necessidade de dar uma olhada no livro ou no resumo que fez, ou não fique contente com sua explicação. Isso é totalmente normal e é inclusive previsto na técnica Feynman.
Ao encontrar as lacunas do seu conhecimento, volte para os seus materiais, sejam eles livros, vídeos, podcasts ou monitoria, e estude tudo de novo até preencher essas falhas.
Revise e simplifique ainda mais
Após uma boa sessão de estudo, retorne ao passo 2: explique todo o conteúdo para uma criança imaginária.
Repita esse processo quantas vezes forem necessárias. A cada etapa, busque simplificar ainda mais o assunto. Utilize analogias, dê exemplos práticos, descreva experiências, explique sob diferentes perspectivas ou aplique qualquer método que torne o tema mais fácil de compreender.
Para que a técnica Feynman funcione de forma eficaz, é essencial estar aberto a pensar ativamente sobre o conteúdo. Evite entrar no “modo automático”, comum ao assistir a uma aula ou ler um capítulo sem engajamento.
Quando você se propõe a explicar algo, o cérebro trabalha mais para organizar as ideias, o que favorece o aprendizado. A melhor parte é que essa técnica pode ser aplicada para qualquer matéria!
Se tiver dificuldade para imaginar uma pessoa, peça ajuda de amigos ou familiares. Explique o tema para eles como se fossem leigos e, em seguida, peça um feedback. Essa interação pode tornar o aprendizado mais divertido e produtivo.
Outra sugestão é usar a técnica Feynman em grupos de estudo. Escute as explicações dos colegas sobre matérias em que você tem dúvidas e, depois, simule uma explicação para fixar melhor o conteúdo.
Com essa abordagem, seus estudos podem ser transformados. Ao invés de apenas decorar, você estará realmente aprendendo o que é exigido no vestibular.
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